domingo, 10 de novembro de 2013

Ginástica Rítmica Desportiva - 1° ano EM

Ginástica Rítmica Desportiva
Aluna: Cecília Fraga, n° 11
Prof.: André Mioto
Trabalho de Educação Física
1°ano EM


Ginástica rítmica

A ginástica rítmica, também conhecida como GRD ou ginástica rítmica desportiva, é uma ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral, realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de competição, tem ainda uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou em conjunto. Seus eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de realização varia entre 75 segundos, para as provas individuais, e 150 para as provas coletivas.
A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical e técnica, que transmite, acima de tudo satisfação estética aos que a assistem. Surgida através dos estudos de Russeau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde desenvolve-se como prática esportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje.
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, em um ambiente de expressão corporal contextualizada inclusive pelos sentimentos transmitidos através do corpo.

Fisicamente, é função desta modalidade desenvolver o corpo em sua totalidade, por meio dos movimentos naturais aperfeiçoados pelo ritmo e pelas capacidades psicomotoras nos âmbitos físico, artístico e expressivo. Por essa reunião de característica, é chamada de esporte-arte. 


História e evolução

 Os primeiros estudos sobre a ginástica rítmica, bem como das demais modalidades, foram esboçados pelo pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que, enquanto estudava sobre o papel da ginástica na educação física, descreveu seu desenvolvimento técnico e prático na educação infantil. Mais adiante, Guts Muths, tido um dos pioneiros da ginástica em si voltada para o fortalecimento do indivíduo, a voltou também para a saúde. No entanto, apenas no século seguinte, o XIX, a modalidade realmente começou a se enraizar. François Delsarte, foi o primeiro a lançar suas ideias a respeito da expressão de sentimentos pelos movimentos corporais.
                          Jean-Jacques Rousseau - Criador da Ginástica Rítmica Desportiva

Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos movimentos do corpo, o que funcionou como uma espécie de continuidade do primeiro trabalho.
Desenvolveu ainda estudos dos quais obteve como resultado a relação harmônica dos movimentos com o equilíbrio e os estados do sistema nervoso central, chamados de sentimentos, o que gerou grande influência na formação das escolas de dança e um gradativo desempenho na educação física, pois esta ganhava um novo olhar e uma nova ramificação. Em seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode, melhorou os movimentos, os deixando mais naturais e integrais, também com o intuito de demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do praticante. A isso, somou a utilização de aparelhos com o objetivo de ornamentar a apresentação e as característica femininas, estabeleceu os princípios básicos da ginástica rítmica, seguidos ainda hoje, e tornou-se com isso o pai da modalidade. Suas teorias fundamentaram-se na contração e no relaxamento, as essências do movimento humano e do ritmo corporal, além de explorar as direções e planos em todas as suas possibilidades, que constituem a base da variação dos deslocamentos na ginástica rítmica atual. Introduziu ainda a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em grupos, que destaca a harmonia entre as participantes.

Características de preparação

O porte físico de uma atleta da ginástica rítmica é mais esguio que de uma ginasta artística, geralmente muito baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para passarem por suas rotinas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturação óssea tardia, em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso ocorrido entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de equilíbrio.
Outro ponto a se destacar durante a preparação das ginastas é a alimentação. Em sua fase de desenvolvimento esportivo, uma boa educação alimentar é fundamental para a manutenção do desempenho tanto físico quanto intelectual. Por isso, é preciso um estudo com cada praticante para que se obtenha uma ingestão calórica precisa, de acordo com a necessidade diária de cada uma delas. Como a estética também é ponto fundamental de análise durante uma apresentação, ocorrem ainda as restrições alimentares, também acompanhadas por especialistas, para que a atleta não prejudique sua saúde.
Em suma, para que se tenha uma praticante ideal da ginástica rítmica, é preciso uma interação entre atleta, técnico e familiares, para que se criem hábitos adequados, tanto alimentares e sociais quanto de segurança, para a manutenção do bem estar físico e psicológico, que gerarão efeitos positivos sobre o desempenho intelectual e esportivo das esportistas. 
  
                Prática
 Treinamento




Aparatos (equipamentos)

Corda - Pode ser feita de cânhamo ou qualquer material sintético, desde que permaneça leve e flexível. Seu tamanho é proporcional à altura da ginasta. As ginastas lançam e recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e equilíbrio. Os principais elementos corporais da corda são os salto.                   



Arco - O arco é feito de madeira ou plástico, sendo importante que o material não deforme ou seja muito pesado. São requeridas freqüentes trocas de mãos e uma boa coordenação de movimentos. Seus elementos corporais principais são os saltos, pivotes e equilíbrios.                                        
                                         
Bola - Feita de plástico ou de borracha, deve ter um diâmetro entre 18 e 20 cm e pesar pelo menos 400 mg. Único aparelho que não é permitido permanecer em contínuo contato com a atleta, a bola deve estar em constante movimento pelo corpo ou em equilíbrio. Flexibilidade e ondas são os elementos corporais principais deste aparelho.             
                
 Maças - São feitas de madeira ou plástico e devem ter entre 40 e 50 cm de comprimento e pesar pelo menos 150 mg cada. Delicadeza das mãos é fundamental para se trabalhar bem com esse aparelho. Exercícios com as maças requerem alto grau de ritmo, coordenação e precisão para boas recuperações. O equilíbrio é o elemento corporal mais importante deste aparelho.                                                   
     

Fita - É considerado o aparelho mais plástico da ginástica rítmica e composto por duas partes: o estilete, uma vareta que segura a fita e que pode ser feito de madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro. A fita é de cetim ou outro material semelhante. Longa, pode ser lançada em qualquer direção para criar desenhos no espaço, formando imagens e formatos de todo o tipo. O elemento corporal da fita são os pivotes.


 Principais competições

É vasta a quantidade de campeonatos de ginástica rítmica, seja no âmbito mundial, seja no âmbito nacional. Os principais campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo são:
Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos, reúne as ginastas classificadas para os eventos. Aquela nação que não conseguir qualificar uma equipe, está apta a enviar até três competidoras para representá-la.
Campeonato Mundial: realizado anualmente desde o ano de 1963, exceto em anos olímpicos desde 2000. Como os Jogos Olímpicos, é também uma competição global.
Copa do Mundo: torneio realizado por temporada. É dividido em etapas que acontecem durante o ano. Sua final reúne as ginastas classificadas durante as etapas anteriores.
Jogos Mundiais: realizado de quatro em quatro anos, reúne as modalidades não olímpicas, mas reconhecidas pelo COI. Apesar de ser uma modalidade disputada em Olimpíadas, a ginástica rítmica foi incluída no programa em 2001 e neles reúnem-se as ginastas de todo o mundo.

Existem ainda as competições regionais, conhecidas pela competitividade entre as atletas participantes e nas quais se conhecem as favoritas continentais:
Jogos Asiáticos: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações do continente asiático.
Campeonato Europeu: competição realizada de dois em dois anos entre 1978 e 1998. Em diante, passou a ser uma disputa anual.
Jogos Pan-Americanos: realizado de quatro em quatro anos. É onde reúnem-se as ginastas dos três continentes americanos (Sul,Central e Norte).

Jogos Sul-Americanos: competição realizada a cada quatro anos. É onde reúnem-se as ginastas do continente sul-americano.
   

Campeonatos Mundiais 
A origem dos Campeonatos Mundiais adveio das ideias do até então presidente da Federação Francesa de Ginástica, Charles Gazalet. Junto a outros ginastas, Gazalet contrariou a vontade do presidente da FEG, como inicialmente a FIG era chamada, que se vira obrigado a concordar com o desejo da maioria: a prática da modalidade artística voltada às competições, já que as demais, enquanto regulamentadas não existiam. Assim, o primeiro Torneio Internacional foi realizado em 1903. Já o primeiro Mundial de ginástica rítmica foi realizado em 1963, um ano após a FIG conhece - lá.
Depois das Olimpíadas, o Mundial é a competição mais importante da modalidade. Realizados de dois em dois anos, mais tarde, em 1991, passou a ter suas edições anualmente, assim como a modalidade artística, com exceção dos anos em que a ginástica está presente nos Jogos Olímpicos.


Presença nos Jogos Olímpicos
A ginástica rítmica está presente nos Jogos Olímpicos da era moderna desde a edição norte-americana de Los Angeles, em 1984, 88 anos após a realização da primeira, na Grécia. A primeira vencedora da única prova disputada foi a canadense Lori Fung, que conquistou a medalha de ouro no individual geral.
A disputa por equipes, todavia, só foi realizada doze anos depois, também em uma edição estadunidense, agora em Atlanta, em 1996, cuja vitoriosa foi a seleção espanhola. Até a edição de Pequim, em 2008, apenas a prova do concurso geral e em grupos foi disputada. Pelo cronograma olímpico, a cada ciclo um aparelho fica de fora, sendo então disputados quatro invés dos cinco. No caso das competições nos Jogos, o Comitê Olímpico Internacional é o responsável pela organização do evento, incluindo os critérios de desempate.

Características da Ginástica Rítmica
A Ginástica Rítmica caracteriza-se pelo alto nível de exigência coordenativa das atletas. Fazem parte dos elementos corporais obrigatórios: andar, correr, saltar, saltitar, balancear, circunduzir, girar, equilibrar, ondular, executar pré acrobáticos, lançar e recuperar sendo que os exercícios devem ser acompanhados por estímulo musical.


Ginástica Rítmica no Brasil Participação em Campeonatos Mundiais
No Brasil, a atual Ginástica Rítmica, teve várias denominações diferentes, primeiramente denominada de Ginástica Moderna, Ginástica Rítmica Moderna, e sendo praticada essencialmente por mulheres, passou a ser chamada de Ginástica Feminina Moderna. E a seguir, por decisão da Federação Internacional de Ginástica, passou a denominação de Ginástica Rítmica Desportiva, e hoje, finalmente Ginástica Rítmica. O Brasil participou da estréia olímpica da Ginástica Rítmica em Los Angeles –1984 com a ginasta Rosana Favilla, que não se classificou para a final. Em Barcelona 1992, Marta Schonharst conseguiu a 41ª colocação entre as 43 ginastas que disputaram o evento. Nos Jogos de Sidney, em 2000, o conjunto brasileiro conseguiu o seu melhor resultado em uma Olimpíada ficando em oitavo lugar. Outra grande conquista do Brasil na G.R. foi a medalha de ouro nos Jogos pan-americanos de Winnipeg, Canadá, em 1999. A Seleção brasileira responsável pela conquista treina na UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná), em Londrina, o maior centro de treinamento de G.R. no país. 

A criadora, artista, mestra e técnica da Ginástica Rítmica foi a responsável pelo crescimento do esporte e do sucesso que o Brasil vem alcançando nos dias de hoje. De lá pra cá, este crescimento do foi tanto que as atletas brasileiras conquistaram medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1999, em Winnipeg, Canadá, nos Jogos Pan-americanos de 2003, em Santo Domingo, na República Dominicana e nos Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Nas Olimpíadas, o Brasil participou da estréia da modalidade em 1984, nos Jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos. Outro grande destaque da ginástica rítmica brasileira foi a participação do mundial de Budapeste, em 2003, na Hungria, ficando com o nono lugar.

Benefícios da Ginástica Rítmica – Conclusão

Desenvolve a saúde, a condição física e a integração social. Contribui para o bem estar físico e psicológico. Estimula a expressão corporal e artística. Respeita as individualidades e a capacidade física de cada um, incentivando o condicionamento físico e a auto-superação. Valoriza o grupo e ou a individualidade dos participantes. Surgiu como busca de uma arte-esporte onde houvesse a expressão corporal, onde há infinitas possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral. Os movimentos são realizados fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta modalidade olímpica.
Pode ser iniciada em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram competições individuais ou em conjunto. A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical e técnica.
Surgida através dos estudos de Russeau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde desenvolve-se como prática esportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje. Os primeiros estudos sobre a ginástica rítmica surgiram quando Jean-Jacques Rousseau, enquanto estudava sobre o papel da ginástica na educação física.
Em sua criação houve várias influências que foram de grande importância para se tornar o esporte que conhecemos hoje.
Existem diferentes formas dessa prática, sendo em grupo, ou individual, com o uso de equipamentos (bola, arco, fita, corda e maças) ou não. Cada equipamento tem formas e utilidades diferentes durante a performance da atleta, permitindo diferentes movimentos, podendo expressar-se de forma diferente com o uso de cada um, que varia de prova para prova ou técnica da atleta.
Não é um esporte muito praticado em nosso país mas já está se expandindo dentro do país e mundialmente, conquistando medalhas em campeonatos mundiais representando o Brasil. É um esporte que requer rapidez, acompanhamento musical, manuseio de aparatos, agilidade e precisão em seus complexos movimentos corporais, junto á repetição de movimento, treinamento, e cuidado que as atletas devem ter para serem saudáveis e estarem sempre aptas á pratica do esporte.









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