Ginástica Rítmica
Desportiva
Aluna:
Cecília Fraga, n° 11
Prof.:
André Mioto
Trabalho
de Educação Física
1°ano
EM
Ginástica rítmica
A ginástica rítmica, também conhecida
como GRD ou ginástica rítmica desportiva, é uma ramificação da ginástica que possui infinitas possibilidades de
movimentos corporais combinados aos elementos de balé e dança teatral, realizados fluentemente em
harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta
modalidade olímpica, que são a corda, o arco, a bola, as maças e
a fita. Praticada apenas por mulheres em nível de
competição, tem ainda uma prática masculina surgida no Japão. Pode ser iniciada
em média aos seis anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual
se encontram competições individuais ou em conjunto. Seus
eventos são realizados sempre sobre um tablado e seu tempo de realização varia
entre 75 segundos, para as provas individuais, e 150 para as provas
coletivas.
A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos, traduzidos em
expressões pessoais através da combinação musical e técnica, que transmite, acima de
tudo satisfação estética aos que a assistem. Surgida através
dos estudos de Russeau, assim como as demais modalidades,
transformou-se durante o passar dos anos, sempre ligada à dança e à
musicalidade, até chegar à União Soviética, onde desenvolve-se como
prática esportiva, e à Alemanha,
onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje.
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e
técnicas precisas em seus movimentos para demonstrar harmonia e entrosamento
com a música e suas companheiras, em um ambiente de expressão corporal
contextualizada inclusive pelos sentimentos transmitidos através do corpo.
Fisicamente, é função desta modalidade desenvolver o
corpo em sua totalidade, por meio dos movimentos naturais aperfeiçoados pelo
ritmo e pelas capacidades psicomotoras nos âmbitos físico, artístico e expressivo.
Por essa reunião de característica, é chamada de esporte-arte.
História e evolução
Os primeiros estudos sobre a
ginástica rítmica, bem como das demais modalidades, foram esboçados pelo pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que, enquanto estudava sobre o papel da ginástica na educação física, descreveu seu desenvolvimento técnico e prático na
educação infantil. Mais adiante, Guts Muths, tido um dos
pioneiros da ginástica em si voltada para o fortalecimento do indivíduo, a
voltou também para a saúde. No entanto, apenas no século seguinte, o XIX, a
modalidade realmente começou a se enraizar. François Delsarte, foi o primeiro a lançar suas ideias a respeito da
expressão de sentimentos pelos movimentos corporais.
Jean-Jacques Rousseau - Criador da Ginástica Rítmica Desportiva
Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de exercícios rítmicos como meio de
desenvolvimento da sensibilidade musical através dos movimentos do corpo, o que
funcionou como uma espécie de continuidade do primeiro trabalho.
Desenvolveu ainda estudos dos quais
obteve como resultado a relação harmônica dos movimentos com o equilíbrio e os
estados do sistema nervoso central, chamados de sentimentos, o que gerou grande
influência na formação das escolas de dança e um gradativo desempenho na
educação física, pois esta ganhava um novo olhar e uma nova ramificação. Em
seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode,
melhorou os movimentos, os deixando mais naturais e integrais, também com o
intuito de demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do
praticante. A isso, somou a utilização de aparelhos com o objetivo de
ornamentar a apresentação e as característica femininas, estabeleceu os
princípios básicos da ginástica rítmica, seguidos ainda hoje, e tornou-se com
isso o pai da modalidade. Suas teorias fundamentaram-se na contração e no
relaxamento, as essências do movimento humano e do ritmo corporal, além de
explorar as direções e planos em todas as suas possibilidades, que constituem a
base da variação dos deslocamentos na ginástica rítmica atual. Introduziu ainda
a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em grupos, que destaca a
harmonia entre as participantes.
Características de preparação
O porte físico de uma atleta da
ginástica rítmica é mais esguio que de uma ginasta artística, geralmente muito
baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para passarem por suas
rotinas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturação óssea tardia,
em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso ocorrido
entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para
entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de
equilíbrio.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhc0ycNh3ytIHDYAh53alIfSioncjdrwwmwFoZuTxSlpiZ7t-M7I0faCfANtWiXHwVtcEURYfR2krk-IVRFv0Fz_3ab5rFL-FxSoYei70XhQ9IY4P8ekB3xN8ru4XGqYHGH0r5fwl-tTi4/s200/pr.jpg)
Em suma, para que se tenha uma praticante ideal da
ginástica rítmica, é preciso uma interação entre atleta, técnico e familiares,
para que se criem hábitos adequados, tanto alimentares e sociais quanto de
segurança, para a manutenção do bem estar físico e psicológico, que gerarão
efeitos positivos sobre o desempenho intelectual e esportivo das esportistas.
Aparatos (equipamentos)
Corda - Pode ser feita de cânhamo ou qualquer material sintético, desde
que permaneça leve e flexível. Seu tamanho é proporcional à altura da ginasta.
As ginastas lançam e recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e
equilíbrio. Os principais elementos corporais da corda são os salto.
Arco -
O arco é feito de madeira ou plástico, sendo importante que o
material não deforme ou seja muito pesado. São requeridas freqüentes trocas de
mãos e uma boa coordenação de movimentos. Seus elementos corporais principais
são os saltos, pivotes e equilíbrios.
Bola -
Feita de plástico ou de borracha, deve
ter um diâmetro entre 18 e 20 cm e pesar pelo menos 400 mg. Único
aparelho que não é permitido permanecer em contínuo contato com a atleta, a
bola deve estar em constante movimento pelo corpo ou em equilíbrio. Flexibilidade
e ondas são os elementos corporais principais deste aparelho.
Maças -
São feitas de madeira ou plástico e devem ter entre 40 e 50 cm de comprimento
e pesar pelo menos 150 mg cada. Delicadeza das mãos é fundamental para se
trabalhar bem com esse aparelho. Exercícios com as maças requerem alto grau de
ritmo, coordenação e precisão para boas recuperações. O equilíbrio é o elemento
corporal mais importante deste aparelho.
Fita -
É considerado o aparelho mais plástico da ginástica rítmica e composto por duas
partes: o estilete, uma vareta que segura a fita e que pode ser feito de
madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro. A fita é de cetim ou
outro material semelhante. Longa, pode ser lançada em qualquer direção para
criar desenhos no espaço, formando imagens e formatos de todo o tipo. O
elemento corporal da fita são os pivotes.
Principais competições
É vasta a quantidade de campeonatos de ginástica
rítmica, seja no âmbito mundial, seja no âmbito nacional. Os principais
campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo são:
Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos, reúne as ginastas classificadas para os
eventos. Aquela nação que não conseguir qualificar uma equipe, está apta a
enviar até três competidoras para representá-la.
Campeonato Mundial: realizado anualmente desde o ano de 1963, exceto em
anos olímpicos desde 2000. Como os Jogos Olímpicos, é também uma competição
global.
Copa do Mundo: torneio realizado por temporada. É dividido em
etapas que acontecem durante o ano. Sua final reúne as ginastas classificadas
durante as etapas anteriores.
Jogos Mundiais: realizado de quatro em quatro anos, reúne as
modalidades não olímpicas, mas reconhecidas pelo COI. Apesar de ser uma
modalidade disputada em Olimpíadas, a ginástica rítmica foi incluída no
programa em 2001 e neles reúnem-se as ginastas de todo o mundo.
Existem ainda as competições regionais,
conhecidas pela competitividade entre as atletas participantes e nas quais se
conhecem as favoritas continentais:
Jogos Asiáticos: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações
do continente asiático.
Campeonato Europeu: competição realizada de dois em dois anos entre
1978 e 1998. Em diante, passou a ser uma disputa anual.
Jogos Pan-Americanos: realizado de quatro em quatro anos. É onde
reúnem-se as ginastas dos três continentes americanos (Sul,Central e Norte).
Jogos Sul-Americanos:
competição realizada a cada quatro anos. É onde reúnem-se as ginastas do
continente sul-americano.
Campeonatos Mundiais
A origem dos Campeonatos Mundiais adveio das ideias
do até então presidente da Federação Francesa de Ginástica, Charles
Gazalet. Junto a outros ginastas, Gazalet contrariou a vontade do
presidente da FEG, como inicialmente a FIG era chamada, que se vira obrigado a
concordar com o desejo da maioria: a prática da modalidade artística voltada às
competições, já que as demais, enquanto regulamentadas não existiam. Assim, o
primeiro Torneio Internacional foi realizado em 1903. Já o primeiro Mundial de ginástica rítmica foi realizado em
1963, um ano após a FIG conhece - lá.
Depois das Olimpíadas, o Mundial é a competição mais
importante da modalidade. Realizados de dois em dois anos, mais tarde, em 1991,
passou a ter suas edições anualmente, assim como a modalidade artística, com
exceção dos anos em que a ginástica está presente nos Jogos Olímpicos.
Presença nos Jogos Olímpicos
A ginástica rítmica está presente
nos Jogos Olímpicos da era moderna desde a edição
norte-americana de Los Angeles, em 1984, 88 anos após a realização da primeira, na
Grécia. A primeira vencedora da
única prova disputada foi a canadense Lori Fung, que conquistou a
medalha de ouro no individual geral.
A disputa por equipes, todavia, só
foi realizada doze anos depois, também em uma edição estadunidense, agora em Atlanta, em 1996, cuja vitoriosa foi a seleção espanhola. Até
a edição de Pequim, em 2008, apenas a prova do concurso geral e em grupos foi
disputada. Pelo cronograma olímpico, a cada ciclo um aparelho fica de fora,
sendo então disputados quatro invés dos cinco. No caso das competições nos
Jogos, o Comitê Olímpico Internacional é o responsável pela organização do evento, incluindo
os critérios de desempate.
Características da Ginástica Rítmica
A Ginástica Rítmica caracteriza-se
pelo alto nível de exigência coordenativa das atletas. Fazem parte dos
elementos corporais obrigatórios: andar, correr, saltar, saltitar, balancear,
circunduzir, girar, equilibrar, ondular, executar pré acrobáticos, lançar e
recuperar sendo que os exercícios devem ser acompanhados por estímulo musical.
Ginástica Rítmica no Brasil –
Participação em Campeonatos Mundiais
No Brasil, a atual Ginástica Rítmica, teve várias
denominações diferentes, primeiramente denominada de Ginástica Moderna,
Ginástica Rítmica Moderna, e sendo praticada essencialmente por mulheres,
passou a ser chamada de Ginástica Feminina Moderna. E a seguir, por decisão da
Federação Internacional de Ginástica, passou a denominação de Ginástica Rítmica
Desportiva, e hoje, finalmente Ginástica Rítmica. O Brasil participou da
estréia olímpica da Ginástica Rítmica em Los Angeles –1984 com a ginasta Rosana Favilla,
que não se classificou para a final. Em Barcelona 1992, Marta Schonharst
conseguiu a 41ª colocação entre as 43 ginastas que disputaram o evento. Nos
Jogos de Sidney, em 2000, o conjunto brasileiro conseguiu o seu melhor
resultado em uma
Olimpíada ficando em oitavo lugar. Outra grande conquista do
Brasil na G.R. foi a medalha de ouro nos Jogos pan-americanos de Winnipeg,
Canadá, em 1999. A Seleção brasileira responsável pela conquista treina na
UNOPAR (Universidade do Norte do Paraná), em Londrina, o maior centro de
treinamento de G.R. no país.
A criadora, artista,
mestra e técnica da Ginástica Rítmica foi a responsável pelo crescimento do
esporte e do sucesso que o Brasil vem alcançando nos dias de hoje. De lá pra
cá, este crescimento do foi tanto que as atletas brasileiras conquistaram
medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1999, em Winnipeg, Canadá, nos
Jogos Pan-americanos de 2003, em Santo Domingo , na República Dominicana e nos
Jogos Pan-americanos de 2007, no Rio de Janeiro.
Nas Olimpíadas, o Brasil participou da
estréia da modalidade em 1984, nos Jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos. Outro
grande destaque da ginástica rítmica brasileira foi a participação do mundial
de Budapeste, em 2003, na Hungria, ficando com o nono lugar.
Benefícios
da Ginástica Rítmica – Conclusão
Desenvolve a saúde, a condição
física e a integração social. Contribui para o bem estar físico e psicológico.
Estimula a expressão corporal e artística. Respeita as individualidades e a
capacidade física de cada um, incentivando o condicionamento físico e a
auto-superação. Valoriza o grupo e ou a individualidade dos participantes. Surgiu
como busca de uma arte-esporte onde houvesse a expressão corporal, onde há infinitas
possibilidades de movimentos corporais combinados aos elementos de balé
e dança teatral. Os movimentos são realizados fluentemente em
harmonia com a música e coordenados com o manejo dos aparelhos próprios desta
modalidade olímpica.
Pode ser iniciada em média aos seis
anos e não há idade limite para finalizar a prática, na qual se encontram
competições individuais ou em
conjunto. A ginástica rítmica
desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos
criativos, traduzidos em expressões pessoais através da
combinação musical e técnica.
Surgida através dos estudos
de Russeau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o
passar dos anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar
à União Soviética, onde desenvolve-se como prática esportiva, e
à Alemanha, onde ganhou os aparelhos conhecidos hoje. Os primeiros estudos
sobre a ginástica rítmica surgiram quando Jean-Jacques Rousseau, enquanto
estudava sobre o papel da ginástica na educação física.
Em sua criação houve várias
influências que foram de grande importância para se tornar o esporte que
conhecemos hoje.
Existem diferentes formas dessa prática, sendo em
grupo, ou individual, com o uso de equipamentos (bola, arco, fita, corda e
maças) ou não. Cada equipamento tem formas e utilidades diferentes durante a
performance da atleta, permitindo diferentes movimentos, podendo expressar-se
de forma diferente com o uso de cada um, que varia de prova para prova ou
técnica da atleta.
Não é um esporte muito praticado em
nosso país mas já está se expandindo dentro do país e mundialmente,
conquistando medalhas em campeonatos mundiais representando o Brasil. É um
esporte que requer rapidez, acompanhamento musical, manuseio de aparatos,
agilidade e precisão em seus complexos movimentos corporais, junto á repetição
de movimento, treinamento, e cuidado que as atletas devem ter para serem
saudáveis e estarem sempre aptas á pratica do esporte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário